quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Carmela

Após quase 2 anos por Madrid, finalmente, a Carmela (ex-voluntária europeia da GARE) e eu conseguimos encontrar uma data para nos encontrarmos. Ela nao vive em Madrid, daí que tal como eu faço em Évora, ela também o faz por aqui: tentamos juntar os amigos para um longo café ou várias cañitas.
Foi numa das excelentes esplanadas da buliciosa Plaza 2 de mayo (zona de Tribunal) que a encontrei. Entre todos que lhe queriam contar as novidades, lá encontramos tempo para por a nossa conversa em dia, enquanto bebiamos uma bela cerveja sem alcool (sim, sem álcool: ela estava com gripe e eu extremamente cansada com as mudanças).
Estivemos juntas, prvavelmente umas 3h, mas foram 3h muito bem passadas. A ver se repetimos!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A Morte da compaixao

Gostei, partilho convosco...

A morte da compaixão
por José Vítor Malheiros

Lembra-se da emoção que sentiu quando descobriu que os 33 mineiros chilenos que estavam soterrados há 17 dias na mina de San José estavam afinal vivos? Lembra-se da mensagem que escreveram com tinta vermelha e que enviaram para o mundo a dizer que estavam vivos? Da sua incredulidade quando viu as caras deles e viu as primeiras imagens vídeo do refúgio? Lembra-se do aperto no coração e da opressiva falta de ar que sentiu quando se imaginou no lugar deles, enterrados vivos numa galeria escaldante, sabendo que teriam de ficar aí confinados ainda durante meses, sujeitos ao risco de novas derrocadas, sabendo que ninguém lhes poderá valer em caso de acidente ou de doença, sabendo que têm de dominar a angústia e sentindo-se totalmente impotentes para participar no seu salvamento? Lembra-se de como nos dois primeiros dias leu todos os relatos, viu todos os vídeos no YouTube e as notícias na televisão?
E agora? Há quanto tempo não lê uma notícia sobre os mineiros? E já notou que agora, mesmo quando lê uma notícia sobre estes homens, o seu coração já não se confrange da mesma forma, que é mais difícil identificar-se com eles? Que integrou na sua rotina o drama dos mineiros, que eles se transformaram em mais um elemento do pano de fundo dos seus dias?
Não se preocupe. Somos todos assim. Os especialistas chamam a isto “compassion fatigue”, a fadiga da compaixão. Tal como as nossas pernas se cansam se fizermos uma longa caminhada, também os nossos sentimentos se esgotam quando os usamos muito. Nem todos, claro, e nem sempre. Mas a fadiga da compaixão é um fenómeno conhecido entre profissionais de saúde e pessoas que cuidam de doentes inválidos ou terminais, principalmente quando sabem que não existe possibilidade de recuperação.
O ser humano que sofre passa a ser apenas uma chatice. É um mecanismo de defesa, uma forma de burnout, de esgotamento emocional. A nossa compaixão gasta-se. É por isso que somos capazes de participar num peditório para ajudar as vítimas do genocídio do Darfur, do tsunami da Indonésia ou do Katrina nos EUA, mas… só uma vez. Depois, a nossa compaixão desaparece, desfaz-se. Pode acordar de novo, mas só com uma história nova, diferente.
Os media conhecem bem este problema – que não se confina apenas à compaixão e se estende ao tratamento insistente de qualquer tema. Neste caso chama-se “media fatigue”. Por importante que seja a coisa, se ouvirmos falar dela constantemente, se os media não largarem o tema, deixamos de conseguir interessar-nos por ela. A informação torna-se ruído de fundo. Claro que isso é tanto mais assim quanto mais as notícias forem constituídas de átomos de informação sem interesse, sem contexto e sem sentido, por uma névoa de factóides onde é impossível distinguir efeito e consequência, o fútil do vital. Mas é cada vez mais nesse sentido que os media evoluem, com a Internet a ser usada como justificação para a chuva de factóides, como se as pessoas precisassem de uma chuva de sound bites soltos (não precisam) e como se a Internet não soubesse viver sem eles (sabe).
O caso Casa Pia é um exemplo. Já não podemos ouvir falar daquilo. Já gastámos a compaixão. Pelas vítimas ou pelos acusados. Já não queremos saber. Estamos apenas fartos e contentes por ter acabado e alarmados por talvez ainda não ter acabado. Talvez a história esteja mal contada. Talvez haja um bode expiatório. Talvez os condenados sejam apenas o pico do icebergue. Mas já não queremos saber. A justiça e os media esgotaram-nos. Mataram a nossa compaixão, a nossa solidariedade, o nosso empenho cidadão. Sabemos que não conseguiremos perceber mais do que percebemos hoje se nos empenharmos durante mais tempo. Quando já não há pachorra já não há compaixão.
É por isso que é tão importante a justiça ser célere (sem ter pressa) e clara (sem ser ingénua). Para que o escrutínio dos cidadãos se possa exercer. Quando demora demais, só queremos que acabe. E passar para a história seguinte.
(jvmalheiros@gmail.com)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Noche en Blanco

Que eu adoro eventos, nao é surpresa para ninguém, mas aqueles em que eu posso ter um papel activo, entao alucino!!!
A 11 de Setembro, sábado, realizou-se pela 5ª vez em Madriod La Noche en Blanco. Em branco, pois em variadissimos pontos da cidade realizaram-se eventos que nos possibilitaram estar despertos a consumir cultura até às altas horas da manha!
Os madrilenos deixam-se seduzir muito facilmente por este tipo de evntos, aliás com tudo o que é cultura! Por isso, a Noche en Blanco, este ano sob o tema "Vamos Jugar" é sempre um êxito. um dos pontos de maior afluência de público, desde que se pos o sol, foi a centenária Gran Via, convertida num parque de jogos. Mais de 90 000 pessoas passearam por esta avenida! O caos estava instalado assim como a diversao estava assegurada!!!
Em Plaza del Sol participei, com as Danis, num jogo de sombras. Inventamos uma sombra, fomos representa-la, esta apareceu num ecra gigante para toda a praça (nao mereciamos menos, claro!) e no final ainda nos deram uma foto do momento. Muito fixe!!!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Évora, o triste fado

É sempre bom, muito bom, ir a casa, matar saudades de todos e de tudo...mas ir em Agosto, quebra um pouco o espírito de alegria, principalmente durante a semana pela noite.
Vivemos numa aldeia perdida no interior do país ou numa capital de distrito que integra a lista da UNESCO para Património da humanidade?! Sei que o que vou escrever nao é novidade para ninguém, mas tenho que desabafar, e nao há nada melhor que fazê-lo com alguém que sente e pensa o mesmo que eu: Évora, está uma desgraça!!!
Eu nao tenho muito que falar, pois decidi virar as costas e pirar-me para outro sítio onde há oportunidades. Afinal é o que a maioria acaba por fazer por ver que nao há chance de crescer profissionalmente, nao há desenvolvimento cultural, nem de infraestruturas desportivas...Mas para aqueles que se mantêm por Évora, por favor, façam algo pela cidade!!!!
Há tanto jovem talentoso em diversas áreas e tanta associaçao na cidade a receber subsidios da câmara, porque nao criar um movimento e com alguma frequencia desenvolver em conjunto algo verdadeiramente outstanding? Já ouviram falar da Noche en Blanco? Conhecem o site www.fabricacultural.com De certeza que pela Europa, outras cidades, com as mesmas características de Évora, passam pelos mesmos problemas. Porque nao ver que soluçoes encontraram? Onde vao ao dinheiro para desenvolver projectos que dao vida à cidade?
Para todos aqueles que sejam empreendedores e queiram desenvolver algo com sentido/ interesse, projecçao da cidade além muralhas históricas e de alto nível, pois fiquem sabendo que no que precisarem de mim, mesmo longe, podem contar comigo.

Queridos, mudei de casa!

Depois de quase 2 anos em Puerta de Toledo, troquei de aires, mas nao de código postal. Agora vivo por detrás do Palácio Real, a apenas 5 minutos (de bus) da antiga casa, de onde guarda maravilhosas recordaçoes.
A nova casa, a que chamamos IKEA, por (tal como o nome indica) estar totalmente decorada, mobilada e todos os utensilios serem dessa famosa marca sueca, é pequenita, mas igual de confortável.
Realmente, nem estávamos à procura de uma mansao, nem de um cubículo. Como passamos muito pouco tempo em casa (eu entao estou cada vez mais espanhola - só quero rua!) e a maioria do tempo que passamos é para dormir, decidimos procurar uma casa no centro de Madrid com quartos de dimensao média/ alta.
Foi difícil! Foi muito difícil!!!
Tudo o que viamos era minusculo ou muito caro. Feio ou muito longe. Sujo ou mal de transportes.
Depois de vermos tanta miséria habitacional, ao visitarmos o nosso actual palácio, a Silvia e eu olhamos uma para a outra e concordamos em simultaneo que aquele seria o nosso lar durante, pelo menos, o próximo ano.
Ah, só para que tenham uma ideia, o meu prédio de certeza que servio de inspiraçao aos creadores da serie Aqui nao há quem viva. Imaginem!!!

Curiosidades

Vocês sabem quantas pessoas estao neste momento na maior avenida de Shangai? E quantos charutos fumou Churchill durante toda a sua vida? E quantas pessoas nasceram em Portugal com o nosso nome desde o início do século?

Podem saber tudo em www.spie.pt

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Controladores Aéreos

O Blanco zangou-se e como diz o ditado “zangam-se as comadres e descobrem-se as verdades”!

Farto de tantas greves e cancelamentos de voos devido a falta de controladores aéreos, o Ministro do Fomento, Jose Blanco, abriu a boca e pediu que eles a calassem, pois quem ganha 90 000€/ ano não tem legitimidade, em tempos de crise, de exigir mais. O povo espanhol, excepto controladores e respectivas familias, concordam com o ministro, pre supuesto que sí!!!

Sorte

Que os espanhóis têm fama de apostar na sorte, no é segredo, mas nunca pensei que mobilizasse a naçao.

O Gordo e o Niño são as lotarias nacionais com mais impacto e nas quais mais dinheiro se pode ganhar. Durante o mês de Dezembro, nos muitos quiosques espalhados pela cidade, criaram-se gigantescas filas para comprar um papelinho de 20€ que, seguramente, modificou radicalmente a vida de quem teve o número vencedor.

Na empresa onde trabalho todos compramos a lotaria. Eu não queria, mas depois pensei que caso saisse, todos iriam celebrar menos eu. Felizmente, encontrei outra colega com pouca vontade de apostas e compramo-la a meias.

Ao longo do dia 22 de Dezembro, dia em que os meninos, de um coro qualquer, vao à tv cantar os números da sorte, pouco se trabalhou, pois havia que averiguar os resultados pela Internet, rádio, tv….que loucura!

Claro que não nos saiu nada, mas saiu a uma empresa vizinha. Caso para dizer que a sorte bateu ao lado…

Enfim, aeroportos…

A minha viagem de Natal a casa teve pouco de paz e espirito solidário… sai de Madrid com 2 horas de atraso, o que me levou a perder o último autocarro para Évora, felizmente o meu papi foi-me buscar, a minha mala com os regalos de Natal, roupa, objectos pessoais foi extraviada…e só a recuperei 16 dias depois!

Como um mal nunca vem só, no regresso a Madrid, o voo foi cancelado. Passei mais um dia em terras Lusas num hotel todo chique. No dia seguinte o voo voltou a ser cancelado, algo que já parece típico na Easyjet, e tive que comprar um novo bilhete pela Vueling (a que me extraviou a mala!). O pior é que a Easyjet ainda não me pagou o voo que foi cancelado e diz que não paga a diferença face ao que comprei… passei-me e reclamei às entidades competentes, que espero que tenham alguma competência!!!

Para quem tenha stresses destes consultem o regulamento 261/04 do Parlamento Europeu e do Conselho, que estabelece as regras comuns de compensaçao e assistência a passageiros aéreos. Caso o incidente se realiza em Portugal, apresentem reclamaçao no
http://www.inac.pt/vPT/Generico/Paginas/Homepage00.aspx caso seja no estrangeiro contactem o Centro Europeu do Consumidor http://cec.consumidor.pt/

Ah, nunca se esqueçam de apresentar queixa no aeroporto, caso contrário, nada feito. Realmente fomos umas formiguinhas a lutar contra as elefantes companhias aéreas…

Mas como nem tudo é mau nos aeroportos, vejam este filme pequeno excelente filme passado na manha seguinte à grande confusao de extravio de bagagens, que as TV’s não mostraram. Segundo um funcionário da Grounforce, em Madrid, no dia 23 de Dezembro, estavam extraviadas 21 mil bagagens…e nem todas eram a Air Comet!

Almoço de Natal

O almoço de Natal já é uma tradiçao onde trabalho. É uma verdadeira oportunidade para os funcionários desta multinacional se conhecerem e socializarem. Mas afinal o que é que este almoço teve de diferente de todos os outros?! Nem vao acreditar, tivemos que vir vestidos, desde as 8h da manha para um almoço às 2 da tarde, aos anos 70!!!!!

Como para os espanhóis tudo é motivo para festa, houve mesmo muita gente que comprou fatos a rigor, em muitas ocasioes pensei estar numa pista de dança, com tanta roupa colorida, tipo ABBA! Eu devia ser a mais simplória, com umas calças à boca de sino e uma fita colorida na cabeça, comprada nos chinos em cima da hora!

Depois de um rico e animado almoço, os caloiros, onde eu me incluo, fomos obrigados a subir ao palco e cantar. ADOREI. Foram realmente os meus 5 minutos de fama. A música “Viva España” adaptada à realidade ACE e com vozes pouco (ou nada) melhores que a minha, fizeram as delicias da plateias, que aplaudia sem fim!

Mais tarde, foram sorteados muitos presuntos e garrafas de vinho, a mim não me calhou nada…


Para finalizar, abriram a discoteca do hotel só para nós com bar aberto. Agora imaginem: toda a música que passou foi dos anos 70, uns mais outros menos, mas iamos vestidos aos anos 70… parecia efectivamente que estavamos nos anos 70!!!

O melhor de tudo e totalmente diferente de Portugal, ou pelo menos dos sítios onde trabalhei, é que não paguei o almoço, ainda me ofereceram as bebidas, houve sorteios e … pois sim, recebi uma cesta, a minha primeira cesta de Natal, com uma perna de presunta pata negra e um paio enorme!

Para além da festarola, organizou-se pelo ano novo a Festa da Gravata e do Brinco Mais Piroso, com direito a prémio! Foi super engraçado ver os rapazes desfilarem e a convencerem-nos que as suas gravatas eram inagualáveis. Quanto aos brincos, não houve dúvidas desde o início, que quem ganharia seria a Maria, a minha colega do Porto. Realmente, nunca tinha visto uns brincos tao feios!!!

Ano Novo, Vida Velha

Pela primeira vez passei o ano novo fora de território Luso e, esquecendo o frio, foi excelente, sobretudo porque contei com a companhia de 2 grandes amigas: Marta e Andrea! Faltaram as outras 2 (Ana e Bel) e o quinteto estaria completo!

Celebramos a vinda do novo ano 2 vezes, na hora espanhola, e como não podia deixar de ser, na hora portuguesa, com o belo do espumante Raposeira cor-de-rosa trazido pela Andrea, enquanto escutavamos as famosas campanadas da Puerta del Sol e pediamos desejos com as passas trazidas pela Marta.

Connosco passou (parte da noite) a minha colega de casa, Glória, que no lugar de passas pediu desejos com uvas, como se faz em Espanha e por toda a América latina.

Como a Glória é venuzuelana, entramos no espírito da festa do país dela e cumprimos a tradiçao de sair de casa com as malas de viagem e dinheiro no bolso e passear pela rua. Tal aguria que vamos viajar muitíssimo este ano e com dineiro para gastar em todos os sítios que visitemos. Que assim seja!

Depois de beber parte do que tinhamos em casa, de nos brigarmos com a garrafa de vinho verde da Marta (cuidado com o vinho marca ALTAS, parece que é muito bom, mas a rolha tarda muitíssimo a sair. Ai Marta, se não fosse a minha persistência…) resolvemos sair. Fomos até um bar brasileiro onde a festa durou e durou….

A festa do ano novo e os reis já terminaram, também já se acabaram os feriados até Março, a vida volta à velha normalidade, o que vale é que em Espanha, tudo é razao para se fazer uma festa!

Marta e Deia, espero que não tenha que esperar até ao final do ano para voltar a recebe-las por cá. Ana e Bel, aguardo pela vossa visita! Já tenho saudades!


Despedida da Cathy

Onde menos esperamos encontramos pessoas que certamente nos vao ficar na memória. É o caso da Cathy!

Conheci-a num trabalho de substituiçao por férias durante o ano de 2009 e a sua loucura, irreverência e espontaneidade criou um link entre nós. A busca pelas raizes fê-la voltar ao Cambdja, e obviamente, organizou-se um jantar de despedida num restaurante brasileiro com direito a um iPOD de regalo!

Para mim o jantar, o meu primeiro rodízio, foi também um encontro de colegas, não via a grande maioria desde Agosto… foi bom reencontrar-los, saber o que fazem, os planos para o futuro e principalmente, ver que não se esqueceram de mim!

Neva em Madrid

Já dizia a cançao que “cai neve em Nova Iorque”, pois em Madrid também!

Tinha 23 anos quando vi neve a sério pela primeira vez. Recordo-me que estava num autocarro em Vilnius com a minha Martita, quando subitamente começou a nevar. Esperavamos ansiosas esse dia… corremos pelo autocarro para ver o espectáculo pelo melhor ângulo. Os autoctones riam-se de nós, mas não importava, pois muito provavelmente, eles também nunca teriam visto o mar!

A magia acabou assim que nos apercebemos do efeito do gelo quando caminhavamos, demoravamos mais do dobro para chegar a algum sítio e pior que isso, havia um sério risco de cairmos e magoar-nos, que o diga a Vânia!

No ano passado livrei-me da neve, estava de férias de Natal em Évora, mas passado 8 anos (ai meu rico ERASMUS!) voltei a viver a mesma experiência … até ao momento ainda não cai, mas já o prevejo…

Os turistas e as crianças divertem-se à brava. Um bocadinho de neve já é motivo para fotos, bonecos ou guerra!

Para quem vive aqui e tem que seguir o mais normalmente possivel, a situaçao complica-se. Muitas estradas estao cortadas devido quer ao intenso nevao quer aos limpa-neves não serem suficientes (claro, ninguém espera por isto no sul da Europa!), os comboios não podem andar o que leva a faltas ou grandes atrasos no trabalho, as escolas estao mais um dia fechadas, subida radical do gasto de energia electrica, muitas quedas … bem, uma loucura… e corrida às lojas para comprar sal e calçado adequado… e eu (e muito provavelmente os outros 6 milhoes de madrilenos) a desesperar por SOL!!!

A verdade é que a cidade fica linda coberta de branco, mas vá lá, já chega, que venha a Primavera!!!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Visita da Ana e do Pingas

A Ana e o Pingas brindaram-me com a sua visita no início de Dezembro. Foram 4 dias passados em muito boa companhia!!!

Nos primeiros 2 dias não estive com ele, porque tenho que levar este reino para a frente, mas depois aproveitamos em grande.

Entre um verdadeiro tour pela cidade (duvido que os que são vendidos nos postos de turismo sejam tão completos), uns cafés con leche e kebabs para nos dar força, e umas saídas nocturnas, lá fomos metendo a conversa em dia. Mas de certeza que já há que actualizar!

O Pingas revelou-se um grande dorminhoco e a Ana uma viciada (saudável) pela fotografia. Eu com a tua câmara também o seria! Tens a certeza que não tens genes japoneses?!

Contudo, como o tempo corre sempre rápido quando nos estamos a divertir, ainda há muitas saudades para matar e muito para ver, principalmente para o Pingas. Perguntem-lhe porquê, porque eu não sou má língua!

Amigos adorei ter-vos por aqui! Espero que voltem o quanto antes para nos divertirmos muito mais. Venham, venham!!!

Ah, no dia em que se foram embora começou a nevar em Madrid. Ana, seguramente que farias fotos lindas, dignas de postal... eu quase que cheguei ao histerismo, pois a cada passo que dava vislumbrava o espalhanço! Uma loucura, mas felizmente mantive-me de pé!

Ana, os saldos já começaram e promessas são dívidas!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Mercadona!!!

Mercadona é um dos muitos supermercados que existem por Madrid, um dos poucos com preços acessíveis e, provavelmente, o único onde ainda levamos sacos com as compras de borla!
Eu gosto de Mercadona! Gosto principalmente porque é o único sítio onde vendem congelado o nosso incondicional Bacalhau a Brás. Não é igual ao da nossa mãezinha, mas para quem está longe dá para matar as saudades de casa e tem um sabor divinal. As minhas colegas de casa deliram....
Graças a este regalito, fiz-me fã deles no Facebook, pois também acredito que faz falta um Mercadona em Portugal!!!

El Escorial

O Escorial, monumento Património da Humanidade, está situado numa pequena vila com o mesmo nome a 50 min de Madrid.

O Escorial foi outrora o centro o centro político do império, também do nosso, Rei D. Felipe II, onde ele mandou erguer um palácio enorme com uma biblioteca valiosa e o seu panteão, assim como o dos seus pais: Carlos I e Isabel de Portugal, como também dos seus sucessores. Também foi aqui que ele edificou uma grande, simple e linda basílica e fundou um convento.

Adorei este sítio, pela arquitectura, pela decoração, escultura e, claro, pela história de dois países que aqui se cruzam. A biblioteca é fantástica, mas impressionante mesmo é o panteão, que ocupa uma capela circular situada debaixo do altar da basílica, decorada com mármores e bronzes dourados. Ali "descansam" os reis e as mães destes desde Carlos I até à actualidade, com excepção de Felipe V e Fernando VI. E resto da família real encontra-se espalhada por várias salas no Panteão dos Infantes.

Para além do sítio sem um mimo, as pessoas são muito simpáticas e isso é sempre um bónus!

Empadronada

Passado um ano e tal de estar aqui, deixei a preguiça de lado e fui empadronarme, por fim tenho todos os direitos que um espanhol!!!
Empadronar significa registramo-nos como residente numa área específica, deixamos de contar como meros viajantes e passamos a usufruir de médico de família (aqui chama-se de cabeceira), podemos votar e tratar de (alguns) documentos sem recorrer à Embaixada. Na Embaixada temos a regalia de poder fazer o bilhete de identidade, pois porque o de cidadão ainda é uma utopia!

Mostra Portuguesa em Madrid


Desde 2002 que se realiza em Espanha, a Mostra Portuguesa organizada pela Embaixada de Portugal, nomeadamente pelo poeta João de Melo, conselheiro da cultura da mesma.
Este ano ao contrário dos anteriores, realizaram-se eventos em várias cidades espanholas: concertos, teatros, dança, gastronomia, tertúlias, ... foi um programa recheado a que a TVE1 chamou "o mês mais português por Espanha". Por fim, falaram de outra coisa para além do Cristiano Ronaldo...

O programa deu início com um belíssimo concerto de Rodrigo Leão, que teve direito a sala cheia no famoso Teatro de la Zarzuela e com a presença de Pedro Almodovar, que um dia antes declarou numa tv ser "um grande entusiasta" deste cantor.


O aclamado cineasta esteve mesmo ao meu lado, por apenas 2 min, mas isso não interessa, o facto é que estive ao lado de uma estrela galardoada de Hollywood. Nem sei como me segurei e não lhe pedi para tirar uma foto comigo LOL Ah, e esteve sentado 3 cadeiras ao meu lado!!! Pela forma informal como chegou e se juntou aos outros espectadores, pareceu-me ser uma pessoa simpática e sem vedetismos. A meio do concerto resolveu dar ares de Pedro Abrunhosa ou do seu compatriota Risto Mejide (polémico apresentador de tv por não ter papas na língua. Eu adoro-o!) e pôs os óculos de sol... a sala já estava escura, por isso não sei bem o que ele viu, contudo aplaudia bastante!

Não memorizei todo o programa, até porque o que se realizou em Cáceres, Vigo, Barcelona, etc., como está fora do meu âmbito geográfico não me interessou. Contava ir a muitos dos eventos que se realizaram por Madrid, mas por motivos de agenda LOL, tal não aconteceu...Enfim, fui apenas ao concerto do Rodrigo Leão e da fadista Cristina Branco acompanhada pela espanhola Maria Beresarte, e que bem canta a chica! Claro que como sou bom garfo, também não faltei à mostra gastronómica com chefs, segundo dizem, de renome.


Foi uma mostra que muito orgulhou os portugueses que vivem em Espanha. Que esta 7ª edição se repita vezes 7, porque temos que deixar de ser conhecidos por esta gente, como o país que vende toalhas baratas!

Degustação de Wiskey

Cada vez que penso em como celebrar o meu aniversário surgem-me sempre imensas ideias, mas termino, por preguiça, apenas por realizar o típico jantar e saber de ante-mão como vai terminar a noite...

A minha amiga Alexine convidou uns quantos amigos para a sua festarola, tendo como mote uma degustação de wiskey. Até entao só conhecia degustação de vinhos... Eu não gosto de wiskey, mas lá fui toda animada, pois afinal tratava-se de uma fiesta!!!

Muito pontual, o colaborador da Johnny Walker preparou todo o seu arsenal e começámos. Nunca nos foi dado wiskey puro, mas bebemos por várias vezes através de várias formas, entre elas, o cheiro de diferentes aromas seguida da bebida, junto com baunilha (o melhor!) ou misturada com uma água que já não me lembro o nome. O incrivel é que não fiquei bêbeda!


Enfim, uma maneira diferente de celebrar o aniversário, foi uma tarde muito bem passada junto de amigos, e a Johnny Walker ainda ofereceu os copos e a toalha de mesa.

Quase que aposto que esta peculiar degustação ainda não chegou ao nosso cantinho...