quarta-feira, 23 de maio de 2012

Vou voltar...e com força, não quero ficar sem o meu blog! Besos

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Carmela

Após quase 2 anos por Madrid, finalmente, a Carmela (ex-voluntária europeia da GARE) e eu conseguimos encontrar uma data para nos encontrarmos. Ela nao vive em Madrid, daí que tal como eu faço em Évora, ela também o faz por aqui: tentamos juntar os amigos para um longo café ou várias cañitas.
Foi numa das excelentes esplanadas da buliciosa Plaza 2 de mayo (zona de Tribunal) que a encontrei. Entre todos que lhe queriam contar as novidades, lá encontramos tempo para por a nossa conversa em dia, enquanto bebiamos uma bela cerveja sem alcool (sim, sem álcool: ela estava com gripe e eu extremamente cansada com as mudanças).
Estivemos juntas, prvavelmente umas 3h, mas foram 3h muito bem passadas. A ver se repetimos!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A Morte da compaixao

Gostei, partilho convosco...

A morte da compaixão
por José Vítor Malheiros

Lembra-se da emoção que sentiu quando descobriu que os 33 mineiros chilenos que estavam soterrados há 17 dias na mina de San José estavam afinal vivos? Lembra-se da mensagem que escreveram com tinta vermelha e que enviaram para o mundo a dizer que estavam vivos? Da sua incredulidade quando viu as caras deles e viu as primeiras imagens vídeo do refúgio? Lembra-se do aperto no coração e da opressiva falta de ar que sentiu quando se imaginou no lugar deles, enterrados vivos numa galeria escaldante, sabendo que teriam de ficar aí confinados ainda durante meses, sujeitos ao risco de novas derrocadas, sabendo que ninguém lhes poderá valer em caso de acidente ou de doença, sabendo que têm de dominar a angústia e sentindo-se totalmente impotentes para participar no seu salvamento? Lembra-se de como nos dois primeiros dias leu todos os relatos, viu todos os vídeos no YouTube e as notícias na televisão?
E agora? Há quanto tempo não lê uma notícia sobre os mineiros? E já notou que agora, mesmo quando lê uma notícia sobre estes homens, o seu coração já não se confrange da mesma forma, que é mais difícil identificar-se com eles? Que integrou na sua rotina o drama dos mineiros, que eles se transformaram em mais um elemento do pano de fundo dos seus dias?
Não se preocupe. Somos todos assim. Os especialistas chamam a isto “compassion fatigue”, a fadiga da compaixão. Tal como as nossas pernas se cansam se fizermos uma longa caminhada, também os nossos sentimentos se esgotam quando os usamos muito. Nem todos, claro, e nem sempre. Mas a fadiga da compaixão é um fenómeno conhecido entre profissionais de saúde e pessoas que cuidam de doentes inválidos ou terminais, principalmente quando sabem que não existe possibilidade de recuperação.
O ser humano que sofre passa a ser apenas uma chatice. É um mecanismo de defesa, uma forma de burnout, de esgotamento emocional. A nossa compaixão gasta-se. É por isso que somos capazes de participar num peditório para ajudar as vítimas do genocídio do Darfur, do tsunami da Indonésia ou do Katrina nos EUA, mas… só uma vez. Depois, a nossa compaixão desaparece, desfaz-se. Pode acordar de novo, mas só com uma história nova, diferente.
Os media conhecem bem este problema – que não se confina apenas à compaixão e se estende ao tratamento insistente de qualquer tema. Neste caso chama-se “media fatigue”. Por importante que seja a coisa, se ouvirmos falar dela constantemente, se os media não largarem o tema, deixamos de conseguir interessar-nos por ela. A informação torna-se ruído de fundo. Claro que isso é tanto mais assim quanto mais as notícias forem constituídas de átomos de informação sem interesse, sem contexto e sem sentido, por uma névoa de factóides onde é impossível distinguir efeito e consequência, o fútil do vital. Mas é cada vez mais nesse sentido que os media evoluem, com a Internet a ser usada como justificação para a chuva de factóides, como se as pessoas precisassem de uma chuva de sound bites soltos (não precisam) e como se a Internet não soubesse viver sem eles (sabe).
O caso Casa Pia é um exemplo. Já não podemos ouvir falar daquilo. Já gastámos a compaixão. Pelas vítimas ou pelos acusados. Já não queremos saber. Estamos apenas fartos e contentes por ter acabado e alarmados por talvez ainda não ter acabado. Talvez a história esteja mal contada. Talvez haja um bode expiatório. Talvez os condenados sejam apenas o pico do icebergue. Mas já não queremos saber. A justiça e os media esgotaram-nos. Mataram a nossa compaixão, a nossa solidariedade, o nosso empenho cidadão. Sabemos que não conseguiremos perceber mais do que percebemos hoje se nos empenharmos durante mais tempo. Quando já não há pachorra já não há compaixão.
É por isso que é tão importante a justiça ser célere (sem ter pressa) e clara (sem ser ingénua). Para que o escrutínio dos cidadãos se possa exercer. Quando demora demais, só queremos que acabe. E passar para a história seguinte.
(jvmalheiros@gmail.com)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Noche en Blanco

Que eu adoro eventos, nao é surpresa para ninguém, mas aqueles em que eu posso ter um papel activo, entao alucino!!!
A 11 de Setembro, sábado, realizou-se pela 5ª vez em Madriod La Noche en Blanco. Em branco, pois em variadissimos pontos da cidade realizaram-se eventos que nos possibilitaram estar despertos a consumir cultura até às altas horas da manha!
Os madrilenos deixam-se seduzir muito facilmente por este tipo de evntos, aliás com tudo o que é cultura! Por isso, a Noche en Blanco, este ano sob o tema "Vamos Jugar" é sempre um êxito. um dos pontos de maior afluência de público, desde que se pos o sol, foi a centenária Gran Via, convertida num parque de jogos. Mais de 90 000 pessoas passearam por esta avenida! O caos estava instalado assim como a diversao estava assegurada!!!
Em Plaza del Sol participei, com as Danis, num jogo de sombras. Inventamos uma sombra, fomos representa-la, esta apareceu num ecra gigante para toda a praça (nao mereciamos menos, claro!) e no final ainda nos deram uma foto do momento. Muito fixe!!!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Évora, o triste fado

É sempre bom, muito bom, ir a casa, matar saudades de todos e de tudo...mas ir em Agosto, quebra um pouco o espírito de alegria, principalmente durante a semana pela noite.
Vivemos numa aldeia perdida no interior do país ou numa capital de distrito que integra a lista da UNESCO para Património da humanidade?! Sei que o que vou escrever nao é novidade para ninguém, mas tenho que desabafar, e nao há nada melhor que fazê-lo com alguém que sente e pensa o mesmo que eu: Évora, está uma desgraça!!!
Eu nao tenho muito que falar, pois decidi virar as costas e pirar-me para outro sítio onde há oportunidades. Afinal é o que a maioria acaba por fazer por ver que nao há chance de crescer profissionalmente, nao há desenvolvimento cultural, nem de infraestruturas desportivas...Mas para aqueles que se mantêm por Évora, por favor, façam algo pela cidade!!!!
Há tanto jovem talentoso em diversas áreas e tanta associaçao na cidade a receber subsidios da câmara, porque nao criar um movimento e com alguma frequencia desenvolver em conjunto algo verdadeiramente outstanding? Já ouviram falar da Noche en Blanco? Conhecem o site www.fabricacultural.com De certeza que pela Europa, outras cidades, com as mesmas características de Évora, passam pelos mesmos problemas. Porque nao ver que soluçoes encontraram? Onde vao ao dinheiro para desenvolver projectos que dao vida à cidade?
Para todos aqueles que sejam empreendedores e queiram desenvolver algo com sentido/ interesse, projecçao da cidade além muralhas históricas e de alto nível, pois fiquem sabendo que no que precisarem de mim, mesmo longe, podem contar comigo.

Queridos, mudei de casa!

Depois de quase 2 anos em Puerta de Toledo, troquei de aires, mas nao de código postal. Agora vivo por detrás do Palácio Real, a apenas 5 minutos (de bus) da antiga casa, de onde guarda maravilhosas recordaçoes.
A nova casa, a que chamamos IKEA, por (tal como o nome indica) estar totalmente decorada, mobilada e todos os utensilios serem dessa famosa marca sueca, é pequenita, mas igual de confortável.
Realmente, nem estávamos à procura de uma mansao, nem de um cubículo. Como passamos muito pouco tempo em casa (eu entao estou cada vez mais espanhola - só quero rua!) e a maioria do tempo que passamos é para dormir, decidimos procurar uma casa no centro de Madrid com quartos de dimensao média/ alta.
Foi difícil! Foi muito difícil!!!
Tudo o que viamos era minusculo ou muito caro. Feio ou muito longe. Sujo ou mal de transportes.
Depois de vermos tanta miséria habitacional, ao visitarmos o nosso actual palácio, a Silvia e eu olhamos uma para a outra e concordamos em simultaneo que aquele seria o nosso lar durante, pelo menos, o próximo ano.
Ah, só para que tenham uma ideia, o meu prédio de certeza que servio de inspiraçao aos creadores da serie Aqui nao há quem viva. Imaginem!!!

Curiosidades

Vocês sabem quantas pessoas estao neste momento na maior avenida de Shangai? E quantos charutos fumou Churchill durante toda a sua vida? E quantas pessoas nasceram em Portugal com o nosso nome desde o início do século?

Podem saber tudo em www.spie.pt