Dia de Portugal

Pela primeira vez assisti às celebrações do Dia de Portugal, de Luís de Camões e das Comuninades Portuguesas.

Na terrinha é impossivel fazê-lo visto ser feriado e na noite anterior deitar-me tarde...ou cedo, fica à vossa interpretação! Por isso, tê-lo feito fora do país teve um sabor especial!

Em Madrid as celebrações começaram no dia 8 de Junho ao final da tarde na Casa América, com um (chamado) debate (embora ninguém tivesse debatido, apenas escutado os oradores), sobre as diferenças e semelhanças entre Portugal e Espanha. Espectacular!!!

Disseram coisas com as quais concordo totalmente. Alguns exemplos: passamos muito tempo em casa e eles na rua (por isso têm casa bem mais pequenas), somos bem mais calmos, eles energicos, falamos com calma eles são histéricos, somos mais nostálgicos eles olham para o futuro, somos desenrrascados e eles visionários. Em Poirtugal fala-se muito de Espanha e o contrário não acontece, excepto sobre o caso Maddie e Cristiano Ronaldo. O nosso ensino não puxa pelos alunos enquanto que aqui na primária os alunos debatem entre si as ideias que são discutidas no Congreso de Diputados. Nós queixamo-nos muito sem fazer nada, eles queixam-se muito, mexem-se e conseguem mudanças. Os preços são quase iguais em ambos os países, embora em Espanha os ordenados sejam muito maiores (no comments...) Eles efectivamente não nos percebem quando falamos, embora entendam o português escrito, nós entendemos tudo! Não sabem falar idiomas, nós temos esse dom! Têm que pedir hora para tirar o BI, nós não temos esses stresses...

O melhor estava guardado para o final: Vinho de Porto e Pastéis de Nata (eu que nem aprecio doces comi uns 5, sabiam a casa!) enquanto assistiamos ao concerto Ronda dos Quatro Caminhos (pensei que fosse pimbaria mas foi muito bom!)

No dia 10 houve uma recepção por parte do embaixador, que se quis apresentar à sociedade madrilena, visto ser novo nestas paragens, na rosinha Embaixada de Portugal.

Ao entrarmos cumpimentamos os mais altos cargos de Portugal nesta país, começando pelo Embaixador, é claro, depois ficámos a conversar. Como era tanta gente (foram convidadas mil pessoas para um espaço pequeno) mal njos conseguiamos mexer, mais de 20 minutos para pedir uma bebida, a comida ecasseou (porque os empregados passavam sempre pelos mesmos), muito provavelmente havia mais espanhóis que portugueses ... e passado 2 horas já não me apetecia seguir conversa com directores de empresas, olhar para as caras das duquesas cheias de base, estar apertada e de pé à espera de algo mais que um passou-bem ao Embaixador.

Sai e fui jantar paella!

Não fiquem com má impressão da festa, eu diverti-me, apenas tinha expectativas muito altas para aquilo que foi simplesmente uma recepção. Agora pelo menos já sei o que é uma recepção... há que viver e aprender!